Há algumas semanas atrás fui assim questionado por um cliente e confesso
que fiquei empolgado com o tema. Em 18 anos de consultoria acredito que esta tenha sido uma das perguntas mais importantes, inteligentes e
estratégicas que recebi. À primeira vista a questão acima pode parecer
assustadora, paradoxal e incoerente: faz sentido proteger uma Organização
de seu Criador, aquela pessoa visionária, empreendedora e corajosa?
que fiquei empolgado com o tema. Em 18 anos de consultoria acredito que esta tenha sido uma das perguntas mais importantes, inteligentes e
estratégicas que recebi. À primeira vista a questão acima pode parecer
assustadora, paradoxal e incoerente: faz sentido proteger uma Organização
de seu Criador, aquela pessoa visionária, empreendedora e corajosa?
Como Especialista em Gestão de Empresas e, particularmente, de empresas familiares, digo que a questão acima é fundamental para o futuro de uma Organização e não representa nada assustador ou doloroso, pelo contrário, representa a preocupação de uma Liderança orientada para a humildade, sustentabilidade e visão de futuro.
Nos primeiros anos de uma empresa, a figura, a presença do Dono é imprescindível para o sucesso dos negócios. Neste momento ele é e faz toda a diferença seja pelo seu conhecimento, pelas habilidades ou por suas atitudes. A proximidade com os clientes, funcionários, fornecedores; a necessidade de suprir as necessidades básicas de sua própria família; a ambição de conseguir riquezas tangíveis e intangíveis faz deste Dono uma verdadeira “máquina de guerra”, ou melhor, uma máquina de trabalho. É um momento onde persistência e determinação
são fundamentais para o sucesso da Organização. Após os primeiros anos e caminhando em direção à maturidade nos negócios, a figura, a presença do Dono não pode mais ser imprescindível: para um negócio ser robusto, é necessário o envolvimento e comprometimento de muitos. Além disto, os anos de intensa dedicação do Dono infelizmente tendem a afetar sua evolução profissional: mercado volátil, absorção de novas tecnologias, processos, exposição a novos cenários geralmente ficam comprometidos.
Assim, é chegada a hora de se questionar qual o papel do Dono neste momento: quotista (acionista) ou executivo? Como avaliar? Quem avaliará? Em tempo: a empresa citada possui 5 anos de vida, os resultados são excelentes e seu dono possui....36 anos de idade.
Edmundo Mussi
Muito bom este texto!!
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